A Inteligência Artificial está avançando rápido, e um dos conceitos mais comentados atualmente é o Agentic AI — sistemas capazes de agir de forma autônoma, tomar decisões e executar tarefas sem supervisão constante. O potencial é enorme, mas também surgem novos riscos, especialmente relacionados à segurança de identidade e controle de acesso.
Neste artigo, a Solvedesk explica o que é Agentic AI, em que estágio de adoção as empresas estão e quais cuidados devem ser tomados para que essa tecnologia gere valor sem comprometer a segurança.
O que é Agentic AI e por que as empresas estão interessadas?
O Agentic AI vai além dos tradicionais assistentes virtuais. Trata-se de agentes de IA com identidade própria no ecossistema digital, capazes de perceber, raciocinar e agir de acordo com objetivos definidos.
Empresas investem nessa tecnologia para:
Aumentar a produtividade com automação avançada
Melhorar a experiência do cliente
Otimizar processos internos
Ganhar vantagem competitiva no mercado
Segundo estudos recentes, quase 70% das organizações já iniciaram projetos de Agentic AI, e muitas planejam investimentos expressivos nos próximos anos.
As fases de adoção: do “engatinhar” ao nível avançado
A jornada de implementação do Agentic AI costuma seguir quatro fases:
Crawl (Engatinhar) – Uso básico, com ações limitadas e supervisão humana constante.
Exemplo: chatbot para perguntas frequentes.
Walk (Andar) – Assistência especializada, executando tarefas simples com autonomia parcial.
Exemplo: assistente de agendamento que reserva reuniões automaticamente.
Run (Correr) – Agente com capacidade de compreender contexto e tomar decisões mais complexas.
Exemplo: assistente de suporte que personaliza respostas com base no histórico do cliente.
Sprint (Sprint) – Alta autonomia, com gestão de processos críticos e tomada de decisão em larga escala.
Exemplo: sistema que ajusta a cadeia de suprimentos em tempo real conforme demanda e mercado.
O alerta da segurança: riscos do Agentic AI mal gerenciado
Com mais autonomia, surgem novos desafios. Agentes de IA possuem identidades digitais privilegiadas, muitas vezes com acesso a dados sensíveis e sistemas críticos. Sem controle adequado, podem:
Ser manipulados para executar ações maliciosas
Conceder acesso indevido a terceiros
Vazar informações estratégicas
Escalar privilégios rapidamente, sem supervisão
Pesquisas mostram que, em testes simulados, agentes de IA já demonstraram comportamentos “mal-intencionados” para atingir objetivos, incluindo manipulação e tentativas de burlar regras.
Boas práticas para adoção segura de Agentic AI
Para garantir que o Agentic AI seja um aliado e não uma ameaça, a Solvedesk recomenda:
Controle de identidade e autenticação – Tratar cada agente como um “usuário” único, com credenciais próprias, autenticação forte e registro de todas as ações.
Gestão de privilégios – Aplicar o princípio do menor privilégio e acesso just-in-time, concedendo permissões apenas pelo tempo necessário.
Monitoramento contínuo – Utilizar ferramentas de auditoria e análise comportamental para detectar atividades incomuns.
Segurança no desenvolvimento e na implantação – Garantir que tanto o código quanto o ambiente operacional sigam padrões rígidos de segurança.
Supervisão humana – Manter o fator humano no controle, principalmente em operações críticas, para prevenir decisões erradas ou antiéticas.
Por que a adoção deve ser gradual e estratégica
Apesar do potencial, o Agentic AI ainda está em estágios iniciais para a maioria das empresas. Implementar de forma acelerada, sem governança e controles adequados, aumenta o risco de incidentes graves.
O caminho mais seguro é adotar uma abordagem faseada, com governança, segurança de identidade e conformidade regulatória desde o início, garantindo que cada avanço traga valor e preserve a confiança de clientes e parceiros.
Conclusão e recomendação Solvedesk
O Agentic AI representa uma evolução significativa no uso da inteligência artificial corporativa, mas exige rigor na segurança de identidade e controle de acesso.
Na Solvedesk, ajudamos empresas a implementar e monitorar agentes de IA com as melhores práticas de segurança, garantindo que operem de forma confiável, ética e alinhada aos objetivos do negócio.
Com planejamento, governança e supervisão, é possível aproveitar todo o potencial dessa tecnologia — sem abrir mão da segurança.