Com o avanço da computação em nuvem, o conceito de perímetro seguro ficou obsoleto. Hoje, os atacantes não “invadem” sistemas — eles simplesmente fazem login. Neste artigo, a Solvedesk explora a anatomia da segurança de identidade na nuvem e mostra por que proteger acessos é essencial em um mundo multi-cloud.
A Nova Realidade da Segurança na Nuvem
Você já ouviu a expressão:
“Os atacantes não invadem. Eles fazem login.”
Essa frase resume bem a mudança estratégica que vivemos com a adoção em massa da nuvem. Em vez de buscar brechas nos firewalls, hoje os cibercriminosos exploram identidades e acessos mal gerenciados.
Com ambientes cada vez mais distribuídos — públicos, privados, híbridos e multi-cloud — proteger a identidade de quem acessa os recursos se tornou prioridade. Na Solvedesk, entendemos que a segurança na nuvem começa com o controle das identidades.
Entendendo os Modelos de Implantação em Nuvem
Para proteger sua nuvem, é preciso antes entender onde ela está. Existem quatro principais modelos de implantação:
Nuvem Pública: Infraestrutura compartilhada fornecida por grandes provedores como AWS, Azure e Google Cloud. Fácil de escalar, mas exige atenção redobrada com as permissões.
Nuvem Privada: Recursos dedicados, geralmente em datacenters próprios. Oferece mais controle e personalização, porém exige maior responsabilidade na gestão.
Nuvem Híbrida: Combina nuvem pública e privada, permitindo flexibilidade e controle. Porém, aumenta a complexidade técnica.
Multi-cloud: Uso simultâneo de vários provedores. Reduz riscos de dependência e permite otimizar custos, mas exige uma abordagem unificada de segurança.
Quais Elementos Precisam de Segurança?
Em qualquer ambiente de nuvem, dois componentes centrais precisam de proteção:
Plataformas de Gerenciamento e Serviços
Consoles de administração, APIs e CLIs que controlam os recursos. São a “porta de entrada” para toda a operação.
Workloads de Infraestrutura
Máquinas virtuais, containers, funções serverless e aplicativos cloud-native que rodam os serviços. Esses recursos também exigem proteção de identidade específica.
O Modelo de Responsabilidade Compartilhada
Na Solvedesk, sempre reforçamos: mesmo com provedores cloud cuidando da infraestrutura, a responsabilidade pelos acessos e dados é da sua empresa.
Esse é o conceito de modelo de responsabilidade compartilhada. Cabe à sua equipe controlar quem acessa o quê, e garantir que as permissões estejam adequadamente configuradas.
Os Tipos de Identidade na Nuvem
Cada identidade tem um nível de risco associado. As principais categorias são:
Identidades de Operações em Nuvem
Administradores, engenheiros de rede, SREs e arquitetos. Podem ter acesso total e precisam de controles rígidos.
Desenvolvedores
Criam aplicações e operam serviços diretamente na nuvem. Devem ter acesso limitado ao necessário para suas funções.
Times de Aplicação e Auditoria
Precisam de acessos pontuais (como leitura) para análise e conformidade.
Identidades de Máquinas (Workloads)
Scripts, APIs, automações e aplicações que usam credenciais próprias. Atualmente, representam 45x mais identidades do que humanos.
Como Garantir Segurança de Identidade na Nuvem?
Duas estratégias-chave defendidas pela Solvedesk:
1. Zero Standing Privileges (ZSP)
Reduza os privilégios permanentes. Conceda acesso apenas no momento necessário e com escopo limitado. Isso diminui o risco de movimentações laterais em caso de invasão.
2. Modelo TEA (Tempo, Permissões e Aprovação)
Controle os acessos com base em três critérios:
Tempo: duração da permissão
Permissões (Entitlements): o que exatamente será acessado
Aprovação: validação prévia para liberar o acesso
A nuvem trouxe velocidade e inovação. Mas com ela, veio também uma nova realidade de riscos. A Solvedesk defende uma mentalidade “cloud-first” com foco total na segurança de identidades.
Com as ferramentas certas, uma gestão eficaz de privilégios e um controle claro sobre quem acessa o quê, sua empresa estará preparada para enfrentar os desafios dessa era sem perímetro.