Aliado Poderoso ou Ameaça Potente? Como Atores Maliciosos Estão Usando a Inteligência Artificial (IA)

A inteligência artificial tem revolucionado diversos setores, trazendo inovação, agilidade e automação. No entanto, o mesmo poder que transforma negócios também está sendo explorado por cibercriminosos. Entenda como ameaças digitais estão evoluindo com o uso da IA e como sua empresa pode se proteger.

A IA generativa está em todo lugar. Automação de tarefas, produção de conteúdo, desenvolvimento de códigos… as possibilidades parecem infinitas. Mas, como toda tecnologia poderosa, ela também pode cair em mãos erradas.

Segundo um estudo recente da Sapio Research, 75% dos profissionais de segurança relataram um aumento nos ataques cibernéticos no último ano — e 85% deles atribuem esse crescimento ao uso da IA por agentes maliciosos.

Como os cibercriminosos estão usando a inteligência artificial?

Os hackers vêm utilizando a IA para aperfeiçoar seus métodos de ataque. A seguir, apresentamos as principais formas como isso está acontecendo:

1. Reconhecimento automatizado (AI-assisted reconnaissance)

A IA permite que os atacantes automatizem a coleta de informações sobre alvos em potencial, acessando dados públicos de empresas, redes sociais, diretórios de funcionários e mais. Com ferramentas como SNAP R, é possível gerar conteúdos falsos altamente personalizados, como tweets maliciosos com links disfarçados.

2. Ataques de spear phishing super direcionados

A IA é capaz de criar e-mails personalizados e convincentes, dificultando a identificação de golpes. Além disso, pode ser usada na criação de deepfakes — vídeos ou áudios falsos que imitam executivos — para enganar colaboradores e aplicar fraudes financeiras.

3. Criação de códigos maliciosos

Com IA generativa, cibercriminosos conseguem desenvolver malware de forma mais rápida e sofisticada. Isso inclui malwares polimórficos, que mudam de comportamento para driblar antivírus. A facilidade de criar esse tipo de código torna o cenário ainda mais perigoso.

4. Engenharia reversa e ofuscação de código

A IA pode analisar programas legítimos para descobrir vulnerabilidades, além de dificultar a análise de códigos maliciosos após uma invasão, escondendo intenções e dificultando a detecção.

5. Contaminação de modelos legítimos com dados falsos

Cibercriminosos também tentam inserir dados falsos ou maliciosos em modelos de IA legítimos, contaminando a base e afetando a confiabilidade da ferramenta. Isso pode levar a decisões erradas por parte dos usuários e riscos operacionais graves.

6. Manipulação de sistemas de proteção como CAPTCHA

Ferramentas de IA já conseguem burlar CAPTCHAs com facilidade. Além disso, hackers utilizam engenharia reversa e até técnicas de jailbreak em bots como o ChatGPT para remover restrições e acessar funcionalidades sensíveis.

O impacto da IA na segurança da informação

Com tantas formas de ataque possíveis, não é surpresa que equipes de segurança estejam sobrecarregadas. Um levantamento da Deep Instinct apontou que 51% dos profissionais da área consideram deixar seus cargos por causa do estresse causado pela constante evolução das ameaças.

Mas a IA não precisa ser só vilã. Equipes de segurança também podem utilizá-la para proteção em tempo real, análise de riscos, identificação de anomalias e monitoramento contínuo de sistemas.

A IA é aliada ou ameaça?

A resposta é: depende de como ela é usada. Assim como qualquer ferramenta poderosa, a IA pode ser um grande diferencial competitivo ou uma vulnerabilidade perigosa.

Na Solvedesk, acreditamos que o caminho seguro passa por monitoramento constante, atualizações regulares, uso ético da IA e, principalmente, controle rigoroso sobre sistemas e identidades digitais. O equilíbrio entre inovação e proteção é o que garante a confiança necessária para avançar no mundo digital.

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